Saindo ao salão cegaram-se-me os olhos encadeiados pela claridade intensa. Ganhei o vestíbulo, lancei-me à escada em vertiginosa fuga e atravessei a galeria.
Ao chegar aos meus aposentos estendi os braços atirando-me, de repelão, à porta como para arrombá-la e precipitei-me no vácuo.
“A porta abrira-se e, no meio da câmara, em plena luz, sinistro, Arhat estava de pé de olhos fitos, imóvel”.
A tarde empalidecia quando suspendi o trabalho, estirando-me no divã, em repouso. O interesse pelo manuscrito, longe de crescer com o desenvolvimento, aliás curioso, que ia tomando a “novela”, descaia em simples curiosidade literária. Não era, como eu presumira, um estudo verídico, mas uma fantasia, pura ficção tecida, com certo engenho, em tela deslumbrante.
O inglês divertira-se à minha custa oferecendo-me a sua literatura em invólucro de mistério.