Figura o cérebro uma lâmpada e a inteligência a mecha — o lume que a inflama é a inspiração, a mens a que aludi, que é a essência mesma da vida e essa essência, tanta vez repudiada, quando se manifesta inoportunamente, é o que nós chamamos — ideia. Se os nossos olhos não fossem preparados exclusivamente para a visão material, veríamos o ambiente e compreenderíamos a Verdade e todas as falsas noções que nos atordoam — a começar por esse vácuo a que chamamos Tempo, — desapareceriam como espectros que o sol dispersa.
Os mortos não se manifestam. O que nós chamamos morto, é o cadáver — um despojo. Uma túnica não se põe direita senão ajustada a um corpo. Contida a matéria no sono pode o espírito sair sem que a vida deixe de o sustentar com a sua dinâmica.
Proeja um batel ao porto, ferra o barqueiro a vela resguarda os remos, retira o leme, amarra-o e salta em terra. Na onda que arfa continua o barco a zimbrar; se acontece rebentar o cabo que o retém afasta-se, garra