dando-me um arrepio frenético em que havia repugnância.
Súbito, repelindo-me a mão, levantou-se. Uma gargalhada atroou o jardim e logo em seguida a voz do Décio:
— Admirável! E o estudante apareceu, parou junto do caramanchel, atirou um beijo à noite e, enlevado, decantou a lua nos versos sugestivos de Raimundo Correia:
Astro dos loucos, sol da demência,
Vaga, notambula aparição!
Quantos, bebendo-te a refulgência,
Quantos por isso, sol da demência,
Lua dos loucos, loucos estão!
— Vou sair! Disse James abruptamente.
— Agora?
— Vou. Pode levar a pasta, pode levar o volume. Boa noite! E, impondo-me a mão ao ombro, impeliu-me docemente. Tomei a pasta e o grosso volume e saí.
— Boa noite! Não respondeu. A casa dormia.
Acendi o gás da minha saleta e, sorrindo à