DESEJO INUTIL
AO QUERIDO MESTRE E AMIGO
Qualquer cousa afinal de bello escolher devo
Para em verso plasmar no esforço da obra prima:
Flor que viceja á sombra, aza que paira em cima,
Aroma de um pomar ou de um campo de trevo.
Aroma, ou aza, ou flor... Tudo o que diga e exprima
Perde, ao moldar-se em verso, o seu proprio relevo,
Porque sinto, máo grado a gloria com que escrevo,
Presa a imaginação no limite da rima.