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Página:Espontaneidades da minha alma.djvu/62

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Queres provas de que te amo?
Desprende dos labios teus
Um desejo que m’inflammo
Mostrar nelle os votos meus!
Exiges de mim a morte?
Em tuas mãos a minha sorte
Entreguei perante os Céus!

Dize, falla, manda, ordena
Com tua casta isenção
Aos tormentos me condemna
Que nunca direi que não —
Quer vivendo leda vida,
Quer em sorte desabrida
Será teu meu coração!


IMPROVISO.


Vi uns olhos garços — bellos,
Bellos como o Creador,
Da vida meigos flagellos,
Do scismar doces anhélos,
Por quem sinto nobre ardor.

Vi um nariz delicado
Com esmerado primôr,
Tão pequeno e afilado,