Nem pobre verme, nem dourada abelha,
Nem azul borboleta... sua prole
Faminta, boquiaberta espera ter...
Não! São aves da noite, são serpentes.
São lagartos immundos, que ella arroja
Aos filhos p′ra viver.
Ninho de rei!... palacio tenebroso,
Que a avalanche a saltar cerca tombando!...
O genio ahi enseiva a geração...
E ao céo lhe erguendo os olhos flammejantes
Sob as azas de fogo aquenta as almas
Que um dia voarão.
Por que espantas-te, amigo, se tua fronte
Já de raios pejada choca a nuvem?...
Se o reptil em teu ninho se debate?...
É teu folgar primeiro... é tua festa!...
Aguias! P'ra vós cad'hora é uma tormenta,
Cada festa um combate!...
Radia!... É tempo!... E se a lufada erguer-se
Muda a noite feral em prisma fulgido!
De teu alto pensar completa a lei!...
Irmão! — Prende esta mão de irmão na minha!
Toma a lyra — Poeta! Aguia! — esvoaça!
Sobe, sobe. astro — rei!...