Saltar para o conteúdo

Página:Espumas fluctuantes (corr. e augm.).djvu/223

Wikisource, a biblioteca livre
ESPUMAS FLUCTUANTES
215

QUANDO EU MORRER


E<i morro, ea morro. A matutina brlza
Já nao me arranca nm riso. A. fresca tarde
Já nAo me doura a» descoradas face»
Que gélidas se encovam.

JC.SQDEUIA Fbkíriu

Quando eu morrer... não lancem meu cadáver
No fosso de um sombrio cemitério...
Odeio o mausoléo que espera o morto,
(Jomo o viajante desse hotel funéreo.

Corre nas veias negras desse mármore
Não sei que sangue vil de messalina,
A cova, num bocejo indifFerente,
Abre ao primeiro a boca libertina.

£il-a a náo do sepulchro — o cemiteno...
Que povo estranho no porão profundo!