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AZAS...

Abertas em íris, pelos espaços intérminos, ′esvoaçam as Azas, voam a regjiões antisrs ennevoadas de dolência e de lenda, ás velhas mai aviltas do mando: — pelos Jardins da Babylonia, pelas Pyramides do Egypto. Vão á Pérsia, palpitar no fulgor de alcatifas e tapeçarias; vão á Arábia, voar entre os incensos orientaes, e, condorisadas, sempre pelas fulvas, fagulhantes opulências do Oriente em fora, ruflar e subir, perder-se alem das es2;uias ao;ulbas alanceoladas das mesquitas, que arrojam para o firmamento as litliurgias mahometanas... /

E as Azas ílavéscem, dofram-se ao sol prisco dos tempos, á cbamma accêsa da Immortalidade — porque as Azas são o Desejo, o Sonho, o Pensamento, a Gloria — que tomam assim sempre essa forma, mil vezes, alada, peregrina, errante, das azas.

Porque a Forma, a Forma é esse anciar para o alto, esse fremente rufiar e abrir largo d′ azas