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BAILADA DE LOUCOS

Oui, nulle souffrance ne se perd. toiite douleur fructifie, il t>n restf mi arome subtil qui se répand indefiniment dans le monde 1

M. PE VOGUÉ

Mudos a talhos á fora, na soturnidade de alta noite, eu e ella, caminhávamos.

Eu, no calabouço sinistro de uma dor absurda, como de feras devorando entranhas, sentindo uma sensibilidade atroz morder-me, dilacerar-me.


Ella, transfigurada por tremenda alienação, louca, rezando e soluçando baixinho rezas barbaras.


Eu e ella, ella e eu! — ambos allucinados, loucos, na sensação inédita de uma dor jamais experimentada,

A pouco e pouco — dois exilados personagens do Xada — parávamos no caminho solitário, cogitando o rumo, como, quando se leva a enterrar alguém, as paradas rhythmicas do esquife...

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