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expressão angustiosa, na sede mais cega, na mais latente anciedade de dizer um segredo do mundo...

E eu então nunca mais, nunca mais me esquecerei daquelles ais terriveis e evocativos, daquellas indeíiniveis dolências, daquella convulsiva desolação, que sempre pungentemente badalará, badalará, badalará na minli′alma dobres agudos e lutuosos de uma Ave-Maria maldita de agonias, como se todos os bons Anjos da Mansão se rebellassem um dia contra mim cantando em coro reboantes, conclamantes hosanas de perseguição e de fél!

Nunca! nunca mais se me apagará do espirito essa paizagem rude, bravia, envenenada e maligna, todo acjuelle avérnico e irónico Pittoresco lúgubre, por entre o qual sillioueticamente desfilámos, eu, allucinado n′um sonho mudo, ella, alienada, louca — simples, frágil, pequenina e peregrina creatura de Deus, abrigada nos caminhos infinitos deste tumultuoso coração.

Só quem sabe, calmo e profundo, adormecer um pouco com os seus desdéns serenos e sagrados pelo mundo e escutou já, de manso, através das celas celestes do mysterio das almas, uma dor que não fala, poderá exprimir a sensação afflictivissima que me alanceava...