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ESPELKO CONTRA ESPELHO

Tn, Alma eleita, que trazes essa sede de Espaço, essa aneiedade de Inliiiito, essa doença do Descoiilieeido que te fascina os nervos, qne vieste ao nmndo para f aliar pelas outras boecas, para ser a voz viva de todas as vozes mortas; tu, (jue íindas (n busca de uma dor que venha ao encontro da tua; tu, tpie interpretas tanta queixa, tanta queixa, tanta (pieixa dos Corações, tanta queixa dos Es})iritos, tanta ([ueixa das x\lnias, tudo ])0*rque não ha resposta a esta pergunta Lorrivel: ])orque nos deram a Vida?! Tu, (|ue legaste toda a delicadeza virginal do Sentimento a este Apostolado doce e amargo da Arte, bella e triste; tu, <_[ue sentes cliammejar e cantar a ineffavel poesia que te alimenta como o óleo alimenta as lâmpadas; tu, cujo espirito é uma fonte de dons maravilhosos onde os sedentos se debruçam e bebem á farta a agua mais K-rystalina, mais clara; tu, (j[ue tão sagradamente te revoltas, na magestade ideal das águias e dos