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raios, de produzir os mesmos reflexos, de apre- 1

sentar as mesmas faces illumiiiantes, as mesmas é

irradiações e golpes de luz, as facetas do mesmo crystal e o fundo do mesmo aço.

Sentirás no Asinino a revelação da tua revelação, o dispertar do teu dispertar, a suggestão da tua suggestão — mas isso truncado, hypertrophiado, inteiramente desviado dos eixos centraes *

do teu Objectivo, sem a unidade inicial dos órgãos ingénitos que propulsionaram e deram a integração final ás linhas geraes da sensibilidade do teu ser, á zona compacta e luminosa do foco supremo das tuas Intuições.,;.;

Sentirás no Asinino a imitação do teu ■

Silencio, a imitação da tua Sombra — sombra e silencio d′espelho, sombra e silencio reflectidos do teu silencio e da tua sombra, sombra e e.ilencio reproduzidos d′espellio contra espelho.

Não poderás projectar o teu vulto n′um lago que o Asinino não projecte também o seu vulto no mesmo lago; não poderás aquarellar o teu perfil n′um luar que o Asinino não aquarélle também o seu perfil no mesmo luai\

Se a tua Imaginação é virgem, reverdece agora nos luminosos pomares da Phantasia, a Imaginação do Asinino também é virgem e reverdece agora nos mesmos luminosos pomares.

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