E eu lutava, bracejava doloridamente, bracejava,
tacteando n′uma duvida cruciante, para
sahir fora d′aquelle cárcere de angustia, para
desprender-me daquella tumular Visão, para
fugir d′aquelle mirrado esqueleto a que eu estava
agrilhetado e cujo impressionismo de pavor
me dilacerava e queimava as carnes, me devorava
como uma chaga, rasgava-me a punhaladas
o coração, hypertrophiava-me, despedaçava-me
os nervos... .
E eu abria muito os olhos, assombrado, n′;im espanto mudo... E um silencio negro e gelado e espessas névoas de somno pezavam no ambiente... E nos olhos passavam- me deslumbramentos cegantes, visões pulverulentas de além-sepulchro... E eu abria cada vez mais os olhos, assombrado, n′um espanto mudo... E eu abria cada vez mais os olhos, cada vez mais, cada vez mais... E os olhos, espasmados de terror, afílictos, perseguidos pela Sombra, parecia-me sentil-os crescer, dilatarem-se, grandemente, longamente, rasgadamente abertos e fascinados pelos magnetismos lethaes da Sombra...
Invadia-me um desejo angustioso, soluçante, um delyrio mortal de gritar, de gritar alto, attroadôramente, de encher todo aquelle ambiente com os meus gritos desesperados; mas,
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