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Página:Evocações.djvu/350

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e as suas amarguras, desalentos, desesperanças, que o buscavam enternecidamente, com carinho, com profundos estremecimentos.

A requintada magia, as deliquescencias do luar, davam velada, quasi apagada reminiscência de um luar muito vago, muito remoto, muito triste, já visto, já sentido e já contemplado outr′ora n′algum paiz tumular d′além dos tempos um luar velho, em diluencias de giestas amarellas, de margaridas roxas, de pallidos monsenhores...

Longo, largo disco azulado circundava prognosticamente agora a face immovel da lua, que parecia penetrada de um lethargo morno... Immensas, immensas e incomparáveis tristezas se diffundiam no mysterio d′aquelles desertos infinitos, cujo sentimento tremendo da desolação e do nada dilacerava.

Toda a vastidão era como um solitário sarcophago monstruoso, onde — visão dos imprescriptiveis Destiuos — errasse, cego e só, esse ser desconhecido, única palpitação, única chamma nervosa, única alma em anciãs, único suspiro vivo disprendido na mudez absoluta do mágico luar...

D′entre o peso aflictivo da grande noite rhythmada de magoadas surdinas, o céo, o impassivel céo, estava agora brumosamente velado