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seus guizos jogralescos, rufasse todos os seus tambores festivos, fizesse resoar todos os seus clarins ovantes...
Elle, o Esthético doloroso, não! Dentro d′esse Noviciado divino estaria perpetuamente condemnado á Morte — visão, phantasma, sombra do Imponderável, arrebatado não sei por que estranho Mysterio, não sei por que exquisita impressão abstracta, não sei por que fluido maravilhoso, para a Morte antes mesmo da consummação da matéria, por condemnar as vãs alegrias que arrastam tantas almas, as venturas banaes que fascinam e embriagam tão loucamente os homens.
Outros que se alassem ás correrias preciosas da Mocidade, ás opulências, ao fausto, ao esplendor das pompas exteriores, ao estridente rumor das festas, perdidos pelas estradas intermináveis, longínquas, ermas, dos Destinos desencontrados.
Elle, o Esthético doloroso, não! N′aquella
intuição tocante de Illuminado, ficaria no Desconhecido,
para a consagração do Espirito,
olhando, n′uma indisivel tristeza de mar nocturno,
as gerações que se agglomeram e mutuamente
devoram nos pórticos desolados do Universo,
pela batalha barbara do Existir...