Os rochedos e as arvores,
Feias visagens fazendo,
Os nocturnos fogos fatuos
Que vão inchando e crescendo.
Eis aqui no centro um pincaro,
Segura bem o meu manto.
Qual brilha Mammon no monte
É de ver-se com espanto.
Que triste extranha luz de aurora pallida,
Pelo fundo dos valles scintillando,
Té as fauces immensas dos abysmos,
Estende os frouxos raios. D'aqui sobe
Um espesso vapor, acolá correm
Exhalações, miasmas insalubres ;
Entre denso negrume, alli refulge
Um clarão, que depois em tenues fios
S'escoa, ou qual nascente salta em jorro;
Aqui serpeia por espaço longo,
No fundo deste valle em veias cento,
Acolá n'um recanto comprimido
Isola-se de subito. Mais perto
Saltam faiscas como arêa de ouro.
E olha, lá se acende a rocha à prumo,
Em toda a sua altura, grandiosa.