No meio de teus famulos. Perdoa,
Não sei usar de phrase altisonante,
Embora-de mim zombe est'assembléa.
Minha emphase ao riso te movera
Se do riso não foras desaffeito.
Do sol fallar não sei nem das espheras
Vejo só como os homens se affadigam.
O Deusinho do mundo é sempre o mesmo
E tão extravagante como era
Em seu primeiro dia. Mais ditoso
Vivera, se da luz celeste um raio
Lhe não houvesses dado. Denomina-o
Razão e só lhe serve de tornar-se
Mais que os brutos brutal. Acho que imita,
Dê-me licença vossa senhoria,
As inquietas, garrulas cigarras
Que saltam, pulam, esvoaçam, correm
E de novo repetem lá na relva
Seu antigo gritar. Se nella ao menos
Socegado ficasse! Não ha lixo
Em que o nariz não metta.
Que contar-me
Outra lôa não tens? Sempre queixumes !
Nunca ha de na terra existir cousa
Que contentar-te possa ?