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Página:Fausto Traduzido por Agostinho Dornellas 1867.djvu/72

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Um passo fazes dar, tambem teu filho
A maior perfeição leval-a pode.

 
FAUSTO

Oh feliz, quem a esp'rança nutre ainda
De surgir deste mar immenso de erros!
D'aquillo que não sabe o homem carece
E o que sabe, utilisar não pode.
Mas com tristezas taes não perturbemos.
Dest'hora os dons bellissimos. Contempla
Como no resplendor do sol cadente
Reluzem, rodeadas de verdura,
Essas choças na serra desparzidas.
Recua o astro e cede, o dia acaba;
Mais longe corre o sol dar nova vida.
Oh! não me erguer da terra aza nenhuma
Para seguir traz delle sempre, sempre!
Veria em eterna tarde radiosa,
Aos pés tranquillo mundo, as altas serras
Todas em fogo accesas, fundos valles
Em placido repouso, e em veios d'ouro.
O arroio de prata serpeando:
De monte agreste os escarpados corgãos
A divina carreira não sustaram,
Abrir-se -hia o mar co'os seios tepidos
Ao attonito olhar. Lá yai sumir-se
O Deus emfim no seio do oceano;
Mas nova aspiração em mim acorda,