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Página:Flora pharmaceutica e alimentar portugueza.djvu/128

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120 FLORA PHATRMACEUTICA. Fructo : quasi globoso , com cinco estrias crenu- ladas, e divisível era duas sementes. Sementes duas, quasi hemisphericas, planas áo hum lado , convexas do outro , e estriadas. Habita pelos tapumes, ribeiros, e lugares húmi- dos entre Pereira e Coimbra , nos arredores de Lisboa e outras partes em todo o Reino ; mas não he frequente. Cheiro de toda a planta: narcótico, fétido, mu- rino. S'ecca hum tanto mais forte ; sabor leve- mente aromático desagradável , quasi nauseoso. De três Cicutas se faz menção na Mat. Med. : I.'" Cicuta maior , 2.' Cicuta aquá- tica 2.* Cicuta rhenor : a primeira he o coniura que fica descripto , a segunda a Cicuta virosa de Linneo, a terceira a iEthusa cynapium do mesmo Author, Devem estas plantas ser bem distin- ctamente conhecidas porque ^ não ob- stante serem todas d' huma virtud^e suspeita , a da primeira com tudo ?ião o he tanto que não tenha sido reputada por muito virtuosa em muitas moles^ tias , e algumas da primeira gravida- de-^ a segunda he hum funestíssimo ve^ neno a terceira nao he absolutamente innociva. Não he fácil dar-se hum exemplo mais notável da necessidade da Botâ- nica em Medicina por falta dos seus conhecimentos não he ainda decidido se os ejf eitos, ou deletérios, ou saudáveis ,, se devem attribuir ao Conium macula- tum, ou se, tendo-se tornado esta plan-