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Página:Flora pharmaceutica e alimentar portugueza.djvu/291

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E ALIMENTAR PORTUGUEZA. 283 das a hum receptáculo roliço, e felpudo; são ovaes, escuras, hirsutas, ásperas, comprimi- das, e terminadas por huma aresta ganchosa, que he o estylete persistente. Habita nos soutos de Manteigas , e outras par- tes nos sitios nemorosos , e montuoscs , perto da Serra à^Estrella. Floresce em Maio, eju- nho. Perenne. Raiz : (apanhada na primavera era terreno secco) cheiro de cravo ; sabor estyptico. Herva : cheiro dcbil , sabor herbáceo , hum tanto amargo. ■248. G. biflorum. Cariophyllada menor , ou de duas jiores. Flores levantadas ; folhas radicaes pinnuladas , quasi lyradas , o foliolo terminal máximo , quasi cord i forme , quasi sinuado-Iobado, nos lados empubescido, os outros pouco e pouco menores ; caule bifloro , raramente trifloro ; ca- becinha das sementes de comprido pedúnculo , por cima do calyx ; sementes avelutadas, cora praganas ganchosas , torcidas no meio , gla- bras. Tharm. raiz ? . . . Raiz: obliqua, de casca fusca, da grossura de huma penna d'escrever , e as vezes do dedo minimo , inferiormente com radiculas míni- mas, e compridas. Caules poucos da mesma raiz , hum , dous até quatro, oblíquos, ou hum tanto levantados, de m.eio até hum pé ou pouco mais d'altura , roliços^ empubescidcs , como toda a planta, ordinariamente simplices (com ramos dous ra- ramente três unifloros) e nos sities estéreis, al- gumas vezes simplicíssimos, e unifcrcs. Folhas: radicaes poucas, circularmente dispos- Nn 2