Página:Flora pharmaceutica e alimentar portugueza.djvu/308

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3^0 VLORA PHA-RMACEUTICA Capsulas: cinco, cónicas- cvHndricas, convergen- tes , levantadas, mucronadas, acinzentadas, em- pubescidas , bivalves, unicellulares. Sementes: hum tanto pequenas, negras, luzidias, ovadas , convexas no dorso , com duas quilhas no topo , anteriormente chanfradas. Habita nos arvoredos das Serras na Beira , e pelo norte do Reino: também se cultiva nos jar- dins. Floresce em Maio, e Junho. Perenne. Herva recente', cheiro hum tanto pesado, hum tanto ingrato; sabor hum tanto amargo, in- grato , nauseoso. Flores: cheiro débil; sabor brando, hum tanto mucilaginoso , hum tanto doce. Sementes : cheiro quasi nullo ; sabor mucilagi- noso. A infusão não protrahiàa das flores re- centes , e succosas dá hunia cor azul elegante ^ a qual se torna rubra pelos ácidos^ e 'verde pelos ale ales : pôde for- mar-se delia hum xarope superior ao das violas , como reagente , para mos- trar a presença dos ácidos , e dos ai* cales. Nigella, Calyx nullo ; ás vezes , em lugar delle , hum in- vólucro pentaphyllo, semelhante ás folhas cau- linas ; corolla de cinco pétalas ; nectarios cinco ou mais tlentro da corolla, bilabiados; capsu- la simples, ou cinco unidas peia base^ rostra- das no topo , polyspermas.