— Vamos jantar. Mandei chamal-o porque julguei que você necessitasse, Padilha. Desde que está occupado, ponto final. Vamos para a mesa.
Durante o jantar Azevedo Gondim referiu o motivo da sua visita: tinha-se descoberto o paradeiro da velha Margarida.
— Que está dizendo! E você calado, Gondim!
Azevedo Gondim encheu o copo:
— Mora em Jacaré dos Homens.
— Onde é isso?
— Em Pão de Assucar. Recebi hoje uma carta. Os signaes, a idade, a côr, tudo confere. Vive com uma família que faz queijos. Já retirei o annuncio do “Cruzeiro”.
— Está direito. Vocês conhecem alguem em Pão de Assucar? Conhece alguem em Pão de Assucar, seu Ribeiro?
Não conheciam.
— Oh, Gondim, já que tomou a empreitada, peça ao vigario que escreva ao padre Soares sobre a remessa da negra. Acho que acompanho vocês, vou falar a padre Silvestre. E’ conveniente que a mulher seja remettida com cuidado, para não se estragar na viagem. E quando ella chegar, pode encommendar as missangas, Gondim. Como se chamam?
— Clichés. Clichés e vinhetas.
— Pois sim. Mande buscar os clichés e as vinhetas, quando tivermos a velha.