que nem um tomatinho; depois deitou a correr para a cozinha.
— E não respondeu?
— Nem palavra.
— Mas então como disse você... Ah! Benvinda, que não imagina o mal que me fez.
— Espere lá, moço, que ainda não acabei. Quando ela chegou na porta da cozinha, voltou-se, chamando pelo meu nome, e bateu três vezes com a cabeça, assim!
— Adorada Belisa! murmurou Lisardo engalfinhando as mãos e pondo os olhos no céu.
De repente assaltou-o a dúvida:
— Mas, Benvinda, está você bem certa que ela consentiu!
— Pois, moço, a menina é lagartixa para bater com a cabeça à toa?
— Quem sabe se ela queria dizer Outra cousa! Talvez você não percebesse bem.
— Pois eu não sei o que faço? Sô Lisardinho em casando com a Belinhas, me põe forra logo, não é assim?
— Antes disso mesmo. Olhe; eu tenho um planozinho em que ando cogitando há dias. Vou mandar um memorial em verso ao Duque de Cadaval, pedindo a vara de meirinho do sertão que está vaga. Em apanhando o provimento,