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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/206

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Era o Governador Sebastião de Castro e sua comitiva. Saía ele ao costumado passeio da tarde e dirigia-se para as Cinco Pontas pela Rua das Águas Verdes.

Ao chegar por meio dessa rua. e no momento em que o fidalgo voltava-se para falar ao Barbosa de Lima, ouviu-se a detonação de dois tiros disparados de uma rótula onde ainda se pôde ver um froco de fumaça.

Os oficiais e soldados da guarda arremeteram contra a rótula, mas nada encontraram. A casa desabitada desde muito tempo, estava deserta.

Todavia, se tivessem corrido logo ao quintal, ainda avistariam dois vultos de cara pintada que escaparam-se pela cerca com os mosquetes fumegantes, e que momentos depois eram vistos atravessarem de corrida da Rua do Horta para o Rosário na direção da Praia, onde, a ser verdade o que espalhou-se mais tarde, os esperava uma canoa.

O governador estava ferido; o que, derramando o susto e a consternação nas pessoas da comitiva, dera azo à fuga dos espoletas. Apenas se pôde obter uma liteira, foi ele transportado para palácio e entregue aos cuidados dos físicos da terra.

Os ferimentos eram na coxa direita, onde viam-se quatro escoriações, que não pareciam ter a menor gravidade por serem quase superficiais. Não pensavam