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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/235

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Rufina pelo seu empertigamento, e a Senhora Rosaura pela pachorrenta gordura. Entre as respeitáveis matronas ficavam suas filhas, nesse dia mais lindas que nunca. Ambas tinham a cabeça baixa, mas uma não tirava a vista do chão, e era Belinhas, enquanto os olhinhos travessos de Marta andavam bisbilhotando todos os cantos da casa.

À direita estava arrumada de pé a chusma dos convidados Via-se aí toda a espécie de cara, como toda a casta de vestuário, desde o casquilho alfacinha e o folgazão do minhoto até o arrevesado galego, que ainda não tivera tempo de polir-se ao atrito da boa roda.

Também lá apareciam no meio dessa galeria reinícola os tipos da terra, como fossem o sertanejo e o matuto, representados em alguns exemplares preciosos que os mascates haviam atraído a seu partido.

Quando o venerando ex-almotacé e agora juiz ordinário tomou assento, Vital Rebelo que se achava na sala e havia saudado à chegada, foi ao interior da casa, donde logo voltou, guiando dois mancebos, em que apesar do trajo garrido, fácil era conhecer o Nuno e o Lisardo.

O ex-escudeiro de D. Severa tinha perdido todo o seu arreganho marcial e caminhava sobre brasas, enquanto o tímido e sensitivo poeta expandia-se nessa atmosfera