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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/69

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De per'las vestindo o manto luzente
Para abrir as do Oriente
Rijas portas de rubim;
Ela, a dríade formosa destes prados,
Com seus dedos de rosa e de jasmim,
Abre os pórticos dourados
Do templo do himeneu.

Era feliz o Albertim nas suas comparações. Ali, no meio da sala, se repimpava D. Severa, a ninfa olindense, que esticada por um vestido verde-gaio a ponto de verter sangue da cara, estava retratando o madrigal do poeta, como a viva imagem de uma roseira de Alexandria.

Desde o principio da noite que se poderia observar na sala entre os parentes da noiva um continuo apuridar-se que não era consoante em companhia de amigos e para fim tão prazenteiro como aquele.

Não deixou Vital Rebelo de fazer esse reparo, assim como de notar que o centro daquela trama de cochichos que se estava urdindo ali, era o bacharel Filipe Uchoa, pessoa a quem apesar de camarada ele já não via com boa sombra pela indizível repugnância que lhe causavam aqueles ademanes refolhados.

Reclamado pela cerimônia religiosa, que ia fixar a sua sorte e prende-lo por laços indissolúveis, não