Página:Helena.djvu/234

Wikisource, a biblioteca livre

Poucos instantes esperou Estácio. Veio um homem abrir-lhe a porta; era o mesmo que ele vira ali uma vez. Entre ambos houve meio minuto de silêncio, durante o qual nem Estácio se lembrou de dizer o que queria, nem o desconhecido de lhe perguntar quem era. Olhavam um para o outro.

— Que desejava? disse enfim o dono da casa.

— Um favor, respondeu Estácio, mostrando-lhe a mão ferida. Ia a cair há pouco; procurando amparar-me, numa cerca de espinhos, feri-me, como vê. Podia dar-me um pouco d’água para lavar este sangue, e...

— Pois não, interrompeu o outro. Queira sentar-se aí no banco, ou, se prefere, entrar... É melhor entrar, concluiu, abrindo-lhe caminho.

Em qualquer outra ocasião, Estácio teria recusado