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que de madrugada fazem brotar nos montes de esterco os chapéus-de-sapo, e ficam muito atentos a ouvi-los crescer.

— Ouvir o crescimento dum chapéu-de-sapo, que mimo, vovó! Eu queria ser uma anãzinha — um geniozinho como Ariel. Ando enjoada de ser gente.

— Não se queixe, minha filha. Você é gente, sim, mas num sítio que vence até a mesma ilha de Próspero. Que é Emília, senão uma Arielzinha? O faz-de-conta de Emília vale por todas as varas de condão. E o pó de pirlimpimpim e o superpó do Visconde? E Pedrinho com o seu caráter tão bonito? O sábio Próspero, na idade de Pedrinho, devia ser igual ao meu neto.

— E a senhora é igualzinha a Próspero. Só eu é que não sou coisa nenhuma — e Narizinho fez bico. Mas Dona Benta agarrou-a ao colo, beijou-a e disse: "Você é o meu amor, a minha neta do coração. Quer mais?"

Tia Nastácia entrou nesse momento. Veio contar que Emília estava judiando do Visconde.