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— E há ainda uma coisa, vovó, que me faz crer que Emília é uma fadinha disfarçada. Às vezes deita-se aqui debaixo desta árvore e fica horas lidando com um bichinho — paquinha, vaquinha, besouro e até lagarta. Conversa com eles como se fossem gente; entende tudo quanto dizem. Ora, isso é coisa de fada. Eu também brinco e falo com os insetos — mas eles não me entendem, nem eu entendo nada do que eles dizem. Emília entende tudo! Ela é fada, vovó, e eu estou começando a ter medo ...

— Por que medo, minha filha? Emília nasceu aqui e aqui se desenvolveu, e hoje é a minha neta número 3. Não há razão nenhuma para termos medo dela.

— Tenho medo de que fique poderosa demais...

Estavam nesse ponto da conversa quando Emília apontou lá adiante; vinha arrastando o Visconde pelas barbas de milho. O pobre sábio resistia como cabrito levado para a feira.

— Que será aquilo? — murmurou Dona Benta. — Judiação, tratar o pobre Visconde assim...