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Capítulo XIII

A segunda geração romântica. Os poetas

As últimas manifestações do Romantismo com os rasgos que deram ao nosso a sua feição particular, nomeadamente o indianismo, a inspiração patriótica e o propósito nacionalista, o espiritualismo filosófico, o sentimentalismo, a religiosidade e a intenção moralizante, alcançam até meados dos anos de 60, com a publicação do Colombo, de Porto Alegre, em 1864. Ainda em antes do seu esgotamento como forma literária, surge uma nova geração de poetas e prosadores, na qual se contam alguns dos nossos principais escritores. Simultaneamente com a primeira geração romântica, mas depois desta bem estreada, isto é, após 1846, coexiste, como já relatamos, o grupo maranhense que por Gonçalves Dias, a sua mais eminente individualidade, se liga ao grupo formado no Rio de Janeiro por aquela geração. Gonçalves Dias estabelece também a transição entre essa e a seguinte. Esta apenas mui parcialmente lhe acompanhará a inspiração indianista. Sofrerá, porém, a influência da sua poética e ainda do seu sentimento poético.

Desde 1853, com as Obras Poéticas de Álvares de Azevedo, seguidas das Trovas de Laurindo Rabelo (1854), das Inspirações do Claustro de Junqueira Freire 91855), das Primaveras de Casimiro de Abreu (1859), revela-se uma nova progênie de poetas. Juntam-se-lhe os prosadores, alguns também poetas, José de Alencar, que estréia em 1857; Macedo, que vinha da primeira, mas como romancista ocupa nesta um grande lugar e como escritor dramático quase