bem má ocasião. O que virá fazer?... queira Deus não venha desmanchar com sua presença todos os meus planos?...
Na realidade a presença de Eduardo naquela ocasião vinha alterar profundamente a situação dos indivíduos daquela pequena família; vinha arrancar com suas mãos o bálsamo, que o velho fazendeiro com paternal carinho aplicava sobre o coração da filha, e que talvez com o auxílio do tempo e da reflexão viesse a produzir saudáveis resultados.
– Vamos ter com ele, Roberto, – disse o fazendeiro; – muito lhe devemos eu e Paulina; é nosso dever recebê-lo com os braços abertos, e tratá-lo com toda a distinção e carinho.
Saíram imediatamente a receber o hóspede. Paulina os acompanhou. Tinha apenas introduzido o recém-chegado na sala de jantar e trocava com ele as primeiras palavras de cumprimento e civilidade, quando Paulina que se conservara em pé, trêmula e arquejante, a um canto desviado, deu um grito agudo, e sentou-se de chofre, ou antes caiu sobre uma cadeira.
– Que é isto! que tens, Paulina – bradou o pai atirando-se para ela. Eduardo e Roberto acudiram ao mesmo tempo.
– Paulina! Paulina! – gritava o pai sustendo-a