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Página:Historia e tradições da provincia de Minas-Geraes (1911).djvu/41

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A onça marrada a um pau pelas quatro patas e carre­gada aos ombros de dois possantes negros, que gemiam debai­xo do peso do truculento animal, e aos lados e atrás dela a cáfila dos cães arquejando de cansaço com as línguas depen­duradas, ganindo e uivando com um choro fúnebre; em se­guida o caçador cuidadosamente acomodado em um cobertor, de que armaram uma rede, conduzida por outros dois pretos; atrás dele imediatamente o velho fazendeiro e sua filha pálida e desgrenhada; depois o cavalo do caçador, que um escravo levava pela rédea, e logo em seguida os companheiros de caça do ferido conduzindo igualmente pela rédea suas ca­valgaduras, e por fim os escravos do fazendeiro com seus machados ao ombro, rematando como uma guarda de honra toda aquela comitiva, tal era o singular e curioso préstito, que por uma formosa tarde de agosto desembocando de escura e espessa mata desfilava pelo lançante de um risonho espigão ao longo de um buritizal, dirigindo-se à casa do ca­pitão Joaquim Ribeiro, que ficava como a meia légua do lugar do sinistro.