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HISTORIAS DE REIS E PRINCIPES

para que fizesse cessar as violencias que os soldados do imperador Carlos V, depois da victoria de Pavia, commettiam no ducado de Saboya com grande vexame para os habitantes. Carlos III implorava tambem no mesmo sentido.

A 13 d'agosto d'esse mesmo anno, D. Beatriz instava de novo, dirigindo-se ao capitão imperial Fernando d'Alençon para que deixasse de opprimir os povos do Piemonte, em particular os de Borge e Bognolo in maniera che li nostri subdicti li quali gia tanto hano patito non seano in tutto ruynati.

O imperador, cada vez mais solicitamente instado pelos duques de Saboya, respondia com boas palavras apenas: em carta, datada de Toledo a 7 de fevereiro de 1526, diz a Carlos III que tem por elle e por a duqueza sua cunhada a maior consideração; que os vexames commettidos no Piemonte o contrariam tambem; mas que espera pôr-lhes termo logo que vá a Italia.

A 12 d'esse mesmo mez de fevereiro, a duqueza de Saboya, D. Beatriz, escrevendo ao commendador de Murel, dizia-lhe: Vous n'aues pas a ignorer les insultes et peilleages que alcuns souldars estantz dans Carmagnole auecques leurs complices ont fait sur le pays de Monseigneur de maniere que tous les chemins sont rompuz qui est grant scandalle por tout le pays ce qui ne voulons plus en durer.

Mas os vexames, as humilhações continuavam.

A 22 de fevereiro, a duqueza energicamente recommendava á communa d'Ivrea que lhe enviasse