a viagem teve que ser mais longa do que se esperava, e a noite principiára a cahir. S. João da Luz é um pequeno porto de pescadores, accidentado de rochedos, em que o Faon não poderia atracar. A imperatriz e o principe tiveram que ir para terra n'uma canôa, com o almirante Jurien e o abbade Bauer, mas a força do mar levara a pequena embarcação d'encontro a uma fraga, em que se despadaçou. A imperatriz conservou-se, dentro d'agua, abraçada ao filho, fluctuando com o auxilio de alguns dos marinheiros da canoa. E ternamente dizia-lhe:
—Não tenhas medo, Luiz.
—Não, mamã, respondia o principe. Eu sou Napoleão.
Como era natural que acontecesse, foi o abbade Bauer quem, na opinião dos marinheiros, aguentou a culpa do naufragio.
—Ou não trouxessemos padre a bordo!
A alma do principe Luiz era naturalmente affectiva.
Pela ama que o creára conservou sempre uma dedicação extrema. Até aos oito annos, não queria adormecer sem que lhe pozessem sobre o travesseiro um lenço de sêda da India e um retalho de velludo que tinham pertencido á ama. Era uma superstição de creança. Miss Schaw tinha o maior cuidado em não perder nunca de vista esses dois pequenos objectos tão queridos.
—My prince, dizia ella, serait inconsolable.
A respeito da ama do principe: Como todas as