Página:Historias de Reis e Principes.djvu/237

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Em 1887 publicou-se em Paris, assignado por Charles de Bré, um livro que se intitula Le roman du prince impérial. Supponho que com razão se denomina romance. Eu nem acredito na versão do padre Goddard, que, fallando do principe morto na Zululandia, dizia Virgo intacta, nem acredito na historieta, contada por De Bré, dos seus amores com miss Carlota Walkyns, que, segundo o romance, houvera do principe um filho, que está em França a educar.

Conta De Bré que as entrevistas do principe com miss Carlota se realisavam no magasin de mr. Floris, em Jermin street n.º 80, e que ella ignorára durante muito tempo a alta posição social do seu joven apaixonado.

Fôra por occasião do casamento do duque de Norfolk com lady Hastings que miss Walkyns tivera a revelação d'esse segredo, porque até ahi, como dissemos, ella desconhecia completamente a condição d'esse moço estrangeiro, que vira pela primeira vez na estação de New Cross.

Mas, no dia do casamento do duque de Norfolk, miss Walkins surprehendêra o seu bem amado a conversar familiarmente como o conde de Beaconsfield, e esse facto impressionou-a vivamente.

Parece que a imperatriz alimentava o projecto de casar o principe imperial com a princeza Beatriz, filha da rainha Victoria, mas por sua parte o principe imperial alimentava a esperança de desposar miss Carlota, casando por amor, como seu pai.