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Página:Historias de Reis e Principes.djvu/269

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—General, ao mais bravo, o lugar de honra.

E a Méjia:

—Os que soffrem injustamente são recompensados n'outro mundo.

Depois, subindo a uma pedra, fallou ao povo:

—Mexicanos! Os homens da minha condição e da minha raça são destinados a fazer a felicidade dos povos ou a serem victimados por elles. Não foi um pensamento illegitimo que me trouxe ao vosso paiz. Fôstes vós que me chamastes. Antes de morrer, quero dizer-vos que empreguei todos os esforços para vos felicitar. Mexicanos! possa o meu sangue ser o ultimo que façaes derramar e possa o Mexico, minha desgraçada patria adoptiva, ser feliz. Viva o Mexico!

Um sargento veiu ordenar a Miramon e a Méjia que se voltassem de costas: deviam ser assim fuzilados como traidores.

—Até á vista, disse-lhes Maximiliano.

E, afastando as suas longas suissas louras, apontou para o coração, exclamando: Aqui!

Á voz de Apontar, um murmurio de indignação sahiu d'entre a multidão dos indios, em cuja raça é antiga a superstição de que um homem da raça branca os ha de libertar um dia.

Os officiaes voltaram-se brandindo a espada para reprimir a multidão. Ouviu-se a voz de fogo.

—Viva o Mexico! disse Miramon.

—Carlota! Carlota! exclamou Maximiliano.

E quando a fumarada se dissipou, tres cadaveres