do palacio dos reis da Suecia, uma residencia encantadora onde se comprehende que todos os sonhos da imaginação exaltada possam atear-se.
«O palacio dos reis da Suecia, como a cidade, tira da posição em que se acha situado, entre o mar e o lago, a sua principal belleza. Quadrado, uma das fachadas do palacio domina uma soberba ponte de pedra lançada sobre o Mœlar. Esta ponte, cujo arco central repousa sobre uma pequena ilha transformada em delicioso jardim, é de um aspecto encantador. A architectura do palacio recorda a do Louvre, modificada pelo gosto pesado, sobrio e frio do seculo XVIII; apenas as proporções do conjunto podem ser gabadas sem reserva; a fachada que olha para o mar, precedida de um jardim, ornada de um largo balcão de pedra, é de um bello effeito, sobretudo vista de longe.»
Ahi, d'esse largo balcão de pedra que olha para o mar, diante de um vasto horisonte sem limites, comprehende-se que os principes romanticos da casa real da Suecia enviem o seu pensamento alado a emprehender as viagens mais ousadas e mais audaciosas do amor.
Foi ahi certamente, n'esse largo balcão de pedra que olha para o mar sem limites, que o principe Oscar, duque de Gothland, pensou uma e muitas vezes na enorme difficuldade da empreza que o seu coração namorado tentára.
Mademoiselle de Munck, filha de um antigo official do exercito sueco, era a sua bem amada, e o