da prisão de Wyat, pouco antes da propria rainha ser presa em Greenwich, onde acabava de se celebrar um torneio e onde a sua ultima galanteria fôra deixar cahir o lenço, como favor concedido aos seus amantes. Mas quem categoricamente tira todas as duvidas é o proprio Wyat n'uma carta que escreveu ao rei.
Quando os escandalos da rainha chegaram ao conhecimento de Wyat, aggravados até pela suspeita de incesto commettido com o visconde de Rochford, seu irmão, achou elle que o melhor que tinha a fazer era chorar menos e atirar-se mais.
Uma noite, estando Anna Boleyn a oito milhas de Greenwich, Wyat montou a cavallo e, dirigindo-se ao palacio da rainha, teve artes de se introduzir na sua camara. Glosou-lhe, á beira do leito, uma nova declaração de amor. Mas como a rainha se calasse, e como quem cala consente, ousou apolegar-lhe as carnes. Estavam as coisas em bom caminho, quando de repente ouviu bater com o pé no pavimento do andar superior. E a rainha, que esperava de certo este signal, levantou-se do leito e desappareceu por uma escada interior. Wyat esperou por ella uma hora, mas Anna Boleyn, quando voltou, despediu-o ariscamente.
Os platonicos, mesmo quando se propõem mudar de escóla, passam por uma iniciação desastrada e ridicula.
Mas oito dias depois, como era justo, pois que tanto chorára e esperára, o poeta Thomaz Wiat não foi menos feliz do que Marcos Smeaton e outros musicos.