cipal razão da minha morte é Joanna Seymour, como eu fui a razão da morte da boa rainha Catharina.
E assim, humilhando-se diante de Deus sem se penitenciar diante dos homens, foi decapitada no dia 19 de maio de 1536.
Dividem-se as opiniões a respeito do comportamento de Anna Boleyn.
Os escriptores protestantes divinisam-lhe as virtudes; os catholicos põem em evidencia o desbragamento das suas libertinagens.
A sentença condemnatoria, assignada por Henrique VIII, accusa Anna Boleyn de traição, adulterio e incesto.
Guilherme Cobbett, comquanto protestante, faz resaltar o contraste da devassidão dos costumes da rainha Anna com a existencia virtuosa da rainha Catharina.
David Hume, o notavel historiador inglez, lança as graves accusações levantadas contra Anna Boleyn á conta das apparencias de coquetterie, que em grande parte ella havia aprendido em França, e das machinações facciosas dos seus inimigos, incluindo a viscondessa de Rochford, cunhada da rainha, que insinuou a suspeita do incesto.
Na chronica castelhana de Julian de Pliego vem a designação de que o auctor, talvez acobertado pelo pseudonymo, fôra contemporaneo dos factos que narra.
É certo que elle commette alguns anachronismos, como nota o marquez de Molins, mas não padece duvida que na sua chronica, facilmente escripta, com