Um viajante, entretanto, que lá esteve, achou esses “gatos” excepcionalmente tímidos e doces, admirando-se que lá não houvesse mais crimes, provocados pelos sofrimentos e humilhações que eles sofrem.
Perseguem-nos de um modo bárbaro e covarde. Chamam-nos de poltrões, mas, quando querem guerrear, socorrem-se deles e os “gatos” se portam bem. Vem a paz, oprimem-nos, encurralam-nos mas, assim mesmo, eles crescem e multiplicam-se... Fraca raça!
Júpiter, como ia dizendo, acudiu ao grito da buzina e reuniu o congresso na Terra.
Na primeira sessão, logo os Jupiterianos falaram na fraternidade de todos os animais do Universo: homens e gatos, burros e jupiterianos, marcianos e raposos. Um principal de Júpiter até, a esse respeito, fez um discurso muito bonito.
É muito cediça a manobra de Júpiter falar sempre em liberdade, fraternidade, etc. Certa vez, ele declarou guerra a Saturno, para libertar-lhe os povos. Logo, porém, que o venceu, restabeleceu a escravatura que já estava absolvida. Tal e qual a América do Norte fez com o Texas, província do México, em 1837.
Como todos esperavam, os trabalhos do congresso prosseguiram com grande atividade.
Além de tratar do estabelecimento de pontes pênseis que ligassem todos os planetas entre si, o congresso votou as seguintes conclusões sobre a perfeita fraternidade animal, estabelecido nos seguintes pontos:
a) Não se deveria mais comer qualquer animal (boi, carneiro, porco);
b) As gaiolas dos pássaros deveriam ser aumentadas do dobro, no mínimo;
c) Na caça, uma espingarda não poderia ser carregada com mais de seis grãos de chumbo;
d) Generalizar 05 jogos de bola na sociedade dos cabritos.
O programa era vasto e piedoso; e até um principal de Júpiter, a esse respeito, orou e citou largamente a Bíblia,