Página:Historias sem data.djvu/118

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resoluta a chorar só comsigo as suas magoas conjugaes. A duvida começou mesmo a entrar nella. Tinha razão no pedido ao marido; mas era caso de doer-se tanto? era razoavel o espalhafato? Certamente que as ironias delle foram crueis; mas, em summa, era a primeira vez que ella lhe batêra o pé, e, naturalmente, a novidade irritou-o. De qualquer modo porém, fôra um erro ir revelar tudo á amiga. Sophia iria talvez contal-o a outras... Esta ideia trouxe um calafrio a Marianna; a indiscrição da amiga era certa; tinha-lhe ouvido uma porção de historias de chapéos masculinos e femininos, cousa mais grave do que uma simples briga de casados. Marianna sentiu necessidade de lisonjeal-a, e cobriu a sua impaciencia e zanga com uma mascara de docilidade hypocrita. Começou a sorrir tambem, a fazer algumas observações, a respeito de um ou outro deputado, e assim chegaram ao fim do discurso e da sessão.

Eram quatro horas dadas. Toca a recolher, disse Sophia; e Marianna concordou que sim, mas sem impaciencia, e ambas tornaram a subir a rua do Ouvidor. A rua, a entrada no _bond_, completaram a fadiga do espirito de Marianna, que afinal respirou quando viu que ia caminho de casa. Pouco antes de