Genoveva. A casa é uma rotulasinha escura, portal rachado do sol, passando o cemiterio dos inglezes; lá deve estar Genoveva, debruçada á janella, esperando por elle. Deolindo prepara uma palavra que lhe diga. Já formulou esta: «jurei e cumpri» mas procura outra melhor. Ao mesmo tempo lembra as mulheres que viu por esse mundo de Christo, italianas, marselhezas ou turcas, muitas d'ellas bonitas, ou que lhe pareciam taes. Concorda que nem todas seriam para os beiços d'elle, mas algumas eram, e nem por isso fez caso de nenhuma. Só pensava em Genoveva. A mesma casinha d'ella, tão pequenina, e a mobilia de pé quebrado, tudo velho e pouco, isso mesmo lhe lembrava deante dos palacios de outras terras. Foi á custa de muita economia que comprou em Trieste um par de brincos, que leva agora no bolso com algumas bugigangas. E ella que lhe guardaria? Pode ser que um lenço marcado com o nome d'elle e uma ancora na ponta, porque ella sabia marcar muito bem. N'isto chegou á Gambôa, passou o cemiterio e deu com a casa fechada. Bateu, fallou-lhe uma voz conhecida, a da velha Ignacia, que veiu abrir-lhe a porta com grandes exclamações de prazer. Deolindo, impaciente, perguntou por Genoveva.
— Não me falle n'essa maluca, arremetteu a