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HORTO

Meu casto sonho! Lá se foi cantando
Talvez em busca de uma patria nova.
Deixou-me o coração como uma cova,
E, dentro delle, o meu amor chorando.

Nunca mais voltará... Pois que lhe importa
Esta morada lugubre e sombria?
Não pode agazalhar uma alegria
     Minh’alma, pobre morta!