No esquife azuleo, feito a capricho,
Por entre rosas de alvura tanta,
Deitaram Zirma como no nicho
Guarda-se a imagem de alguma Santa.
O rosto branco da cor de gelo
Um doce lírio trazia á mente...
Na noite escura de seu cabelo,
Nem um só astro resplandecente!
Ninguém diria que estava morta
O lábio aberto por um sorriso,
Na terra triste, - que desconforto!
Quanta alegria - No Paraíso!
Qual uma virgem, pura e singela,
Que deixa o mundo para ser freira,
Toda de branco, tinha a capela
Feita de flores de laranjeira.
Por sobre o manto, formosa e leve,
Muito estrelado, de azul cetim,
Das mãos pequenas da cor da neve
Pendia o terço cor de marfim.
Subiu-me aos olhos, em doudo assomo,
O amargo pranto do coração,
Vendo-a tão linda, vestida como
Nossa Senhora da Conceição.
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