Na terra se chora tanto
Que, se Deus guardasse o pranto
Que o mundo inteiro derrama.
Dos astros lá do infinito
O choro do pobre aflito
Podia apagar a chama.
Mas todo o pranto que desce
Por nossa face, parece
Que Deus o transforma em prece ...
E a prece, cheiroso incenso,
Nas asas do vento imenso,
Se perde no azul dos céus
Buscando o seio de Deus.
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