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Página:Horto (1910).djvu/175

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A Julieta Mascare

Quando eu morrer... (Quem me dera
que fosse n’um dia assim,
n’um dia de primavera
cheirando cravo e jasmim!)

... transformem meu coração
- sacrário azul de esperanças -
n’um pequenino caixão
para enterrar as crianças.

De meus olhos façam círios,
de meu sorriso um altar
- cheio de rosas e lírios,
tão doce como o luar -,

e guardem nele, entre flores,
longe, bem longe da terra,
a Virgem santa das Dores
lá da Igrejinha da Serra.