“Findava o mez de maio envolto em preces
O doce mez das Orações formosas...
Iam com ele as encantadas mésses
Dos perfumes, dos sonhos e das rosas...”
Outras vezes é uma recordação da infancia:
“Um dia... (eu era menina)
Trouxeram-me um passarinho:
Era uma ave pequenina,
Roubada ao calor do ninho...”
Mais adiante um encontro fortuito, que desperta um pensamento adormecido:
“Ella passou por mim toda de preto,
Pela mão conduzindo uma creança...
E eu cuidei ver ali uma esperança
E uma saudade em pallido dueto.
Tambem na vida o goso e a desventura
Caminham sempre unidos, de maõs dadas,
E o berço ás vezes leva á sepultura...”
Depois um desfallecimento moral, uma hora de duvida, em que a alma pergunta:
“Onde fica, Senhor, a terra a que nos levas,
Com as mãos postas no seio e os dois olhos sem luz!”