Antes do sol pender sobre o horizonte
O querubim cessava de existir;
E alguém ainda lhe beijava a fronte:
Era Dadá a soluçar e a rir.
Estava louca. D’ora em diante, a vida,
Quem lhe traria ao ninho seu deserto?
Lauro morrera... Branca flor pendida
Caíra murcha num esquife aberto!
Ela bem vira quando carregavam
O meigo arcanjo dentro de um caixão...
Almas cruéis! Do seio lh’o arrancaram
E com ele também seu coração!
Há muitos anos que isto sucedeu,
Mas, entretanto, o que da morte a salva
É que Dadá, quando contempla o céu,
Diz que seu filho está na estrela d’Alva.
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