Canta-me, ó deusa, do Peleio Achilles
A ira tenaz, que, luctuosa aos Gregos
Verdes no Orco lançou mil fortes almas,
Corpos de heroes a cães e abutres pasto:
Lei foi de Jove, em rixa ao discordarem
O de homens chefe e o Myrmidon divino.
Nume ha que os mal quistasse? o que o Supremo
Teve em Latona. Infenso um lethal morbo
No campo atêa; o povo perecia,
Só porque o rei desacatara a Chryses.
Com ricos dons remir viera a filha
Aos alados baixeis, nas mãos o sceptro
E a do certeiro Apollo infula sacra.
Ora e aos irmãos potentes mais se humilha:
« Atridas, vós Acheus de fina greva,
Raso o muro Priameo, assim regresso
Vos dem feliz do Olympo os moradores!
Peço a minha Chryseida, eis seu resgate
Reverentes á prole do Tonante,
Ao Longe-vibrador, soltai-me a filha. »
Que, acceito o preço esplendido, se acate
O sacerdote murmuraram todos;
Mas desprouve a Agamemnon, que o doesta
E expelle duro: « Em cerco ás naus bojudas
Não me appareças mais, quer ouses, velho
Deter-te ou retornar; nem aureo sceptro,
Nem infula do deus quiçá te valha.
Nunca a libertarei, té que envelheça
Fóra da patria, em meu palacio de Argos
A urdir-me têas e a compôr meu leito
Sahe, não me irrites, se te queres salvo. »
Taciturno o ancião treme e obedece,
Busca as do mar flucti-sonantes praias.
Ao que pariu pulchricoma Latona
Afastando-se impreca : « Arcitenente
Ouve, Smintheu, que Tenedos enfreias,
Chrysa proteges e a divina Cilla,