—Maria... Ó Maria Conga!...
Ninguém lhe respondeu. Só do lado da cozinha ladraram uns cães.
Depois de esperar algum tempo, rodeou Cirino toda a casa, como fizera com Pereira e, encostando-se à cerca que impedia a aproximação do lanço dos fundos, tornou a chamar:
—Ó Maria?... Maria!... Está dormindo, minha velha?
Vendo que os gritos ficavam sem resposta, saltou então o cercado e foi caminhando para a porta da cozinha, devagar, porém, e como que a medo.
—Ó Maria?!... Minha tia!... Olá! Ó de casa! chamava ele.
Afinal apareceu não a velha escrava, mas o anão Tiro, que pareceu, com imperioso movimento de cabeça, indagar a causa daquele intempestivo alarma.
—Que é da Maria Conga? perguntou Cirino chegando-se a ele.
Por meio de moderada gesticulação, mas muito expressivamente, deu Tico a entender que a preta fora ao córrego lavar roupa.
—E não há mais ninguém em casa? inquiriu o outro.
Mostrou o anão, com singular expressão de orgulho e despeito, que ali estava . ele e deitou um olhar de cólera para o imprudente curioso.
—Bem, replicou Cirino sorrindo-se, vá você então dizer à sinhá dona, que já chegou a hora de tomar o remédio.